Rio de Janeiro e Campinas lideram valorização dos lançamentos imobiliários no 3º trimestre de 2025
O Rio de Janeiro registrou a maior valorização entre as capitais brasileiras no terceiro trimestre de 2025, com alta de 15,07% no preço médio do metro quadrado. Segundo a mais recente edição do Índice de Lançamentos Imobiliários (ILI), desenvolvido pelo Grupo OLX por meio do DataZAP, sua fonte de inteligência imobiliária, os lançamentos nas 11 regiões monitoradas apresentaram crescimento de 1,73% no período, ligeiramente abaixo do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que teve alta de 1,98%.
Entre as cidades analisadas, o Rio de Janeiro destacou-se com o maior crescimento trimestral, registrando alta de +15,07%, com preço médio de R$ 14.387/m². Campinas também apresentou valorização significativa, de +11,65%, enquanto Porto Alegre avançou +8,26% no período. Por outro lado, São Paulo apresentou leve queda trimestral de -1,03%, com preço médio de R$ 12.884/m², enquanto Belo Horizonte e Fortaleza registraram desvalorização de -1,95% e -7,77%, respectivamente.
No comparativo anual, os lançamentos continuaram superando o INCC (+7,14%), com valorização média de +12,98%. As maiores altas foram observadas em Curitiba (+49,64% em imóveis econômicos), Florianópolis (+18,35% em médio-alto padrão) e Recife (+44,38% em imóveis de luxo), enquanto cidades como Fortaleza e Florianópolis apresentaram desvalorização em determinados segmentos
.Segmentos de mercado
Para o ILI, os lançamentos são divididos em três categorias: Econômico, Médio-Alto Padrão (MAP) e Luxo. No segmento de médio-alto padrão, Florianópolis registrou a maior valorização (+18,35%). No segmento econômico, Curitiba se destacou (+49,64%), enquanto no segmento de luxo, Recife apresentou alta de +44,38%.
Este terceiro trimestre mostra que o mercado imobiliário brasileiro segue resiliente. O crescimento identificado em cidades como Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte evidencia a confiança de incorporadoras e a demanda, principalmente, por imóveis de luxo.
Já o segmento de médio-alto padrão deve sentir, nos próximos trimestres, os efeitos da reestruturação do crédito habitacional anunciada em outubro, que eleva o teto de financiamento do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) para imóveis de até R$ 2,25 milhões, permite financiar até 80% do valor (reduzindo a entrada exigida) e amplia o uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para entrada ou amortização, inclusive para famílias com renda acima de R$ 12 mil mensais.
Essas condições abrem caminhos para incorporadoras lançarem empreendimentos voltados à classe média e estimulam também os grupos de renda mais alta”, afirma Coriolano Lacerda, Gerente de Inteligência Imobiliária do Grupo OLX.
